com Diogo Sottomayor, Hugo Castro e Manuel Santos Maia.
Aconteceu no sábado, 4 de março 2017, a inauguração da exposição “as cores das primeiras palavras dos gestos”
VÍDEO-INSTALAÇÃO, CINEMA e PERFORMANCE-TEATRO.
Curadoria: José Maia
“as cores das primeiras palavras dos gestos” constitui o primeiro momento de apresentação de obras que se encontram em processo e ou foram realizadas durante uma residência artística no MIRA.
15h | ARTES PLÁSTICAS Apresentação da instalação e vídeo-instalação “efeito do desconhecimento” de Hugo Castro
16h | CINEMA Apresentação do filme “é um outro país” de Manuel Santos Maia com a presença de João Ricardo e Ricardo Novais Pereira.
17h | PERFORMANCE TEATRO Primeira apresentação / ensaio aberto da peça “EMA” de Diogo Sottomayor
18h | Chá e conversa informal com os autores
INSTALAÇÃO e VÍDEO-PERFORMANCE “efeito do desconhecimento” de Hugo Castro
O trabalho de Hugo Castro assenta numa procura constante da possibilidades de formas que um objeto pode conter em si mesmo sem deixar de o ser, pelas variantes da sua posição no espaço, pela sua sombra, pela sua desconstrução, destruição e pelas infinitas intervenções a que pode estar sujeito. O seu interesse incide em todas as formas geométricas simples e complexas, todas as ferramentas e materiais – uma simples chapa de zinco, uma parede de gesso cartonado, um lápis ou uma borracha -com o objetivo de descobrir em si mesmo uma nova forma, seja essa o resultado de uma ação humana ou mecânica. É destruído, desconstruído ou deformado, desprovido ou não da sua função utilitária mas que não deixa de existir. Existe com o intuito de se mostrar como possibilidade.
PERFORMANCE TEATRO “EMA”
Uma criação de Diogo Sottomayor “EMA” de Diogo Sottomayor é um trabalho teatral que cruza a ficção, o documento e a narrativa diarística a partir de uma reflexão sobre os géneros e a autodeterminação sexual. Este solo aborda as noções de soberania e de liberdade nos planos jurídico, social e simbólico, explorando – entre a dramatização e a dança – a gradual liquefação do sistema binário das identidades na contemporaneidade. Interpretando diferentes personagens, o ator encarna e dá voz a diversos testemunhos – muitos deles esquecidos no tempo e nos arquivos – que correspondem a outras tantas experiências de intimidade e de violência. São episódios encadeados de brutalidade que descrevem histórias de sobrevivência e de emancipação.
Encenação e interpretação: Diogo Sottomayor
Texto: Diogo Sottomayor
Fotografia e Iluminação: Patrícia Barbosa
Produção: Espaço MIRA
Duração: 50 min
Ano de produção: 2017
FILME “É Um Outro País” de Manuel Santos Maia
“(…) no primeiro dia de aulas perguntei-lhe de onde vinha e dizia que vinha dos EUA , mas era do Orgal, uma pequenina aldeia do concelho de Vila Nova De Foz Côa. Era engraçado o garoto. Com o decorrer dos anos perdi-lhe o rasto. Há cerca de 9 anos encontrei-o em lisboa, ia fazer um filme – O fantasma. Óptimo actor. Nomeado para prémios em Portugal e no estrangeiro. Não aguentou a exposição. Descompensou totalmente. Morreu sozinho.” (Carla Pinto na página do Facebook em 2000) Retrato de um país. Um filme sobre escalas, sobre a imensidão de um país tornado menor, sobre a entrega e dádiva (de muitos) dos seus cidadãos, sobre o conhecimento do país, o desconhecimento dos portugueses, a cultura e a inscrição cultural, o conhecimento e o reconhecimento das manifestações artísticas dos cidadãos, dos seus criadores, da arte no início do século XXI.
Realização: Manuel Santos Maia
Com: Carla Pinto
Montagem: Ricardo Novais Pereira e Manuel Santos Maia
Som: João Ricardo e Manuel Santos Maia
Música: João Ricardo
Design: José Agueda
Assistente de realização: Samuel Silva
Ano: 2017