46ª Conversa sobre projetos fotográficos_Hugo Moura e Marta Alves

Prosseguimos com as conversas sobre projetos fotográficos que integraram o festival MIP_OFF – MÊS DA IMAGEM DO PORTO.

Na sessão de quinta-feira, os dois autores identificarão a forma como encaram a fotografia, o seu percurso fotográfico e como definem os projetos que apresentaram ao público: o projeto “Néon” de Hugo Moura e “Hiperligação” de Marta Alves.
Hugo Moura expôs o seu projeto no Espiga na Rua de Clemente Menéres 65, Porto e Marta Alves no Agrafo Studio na Rua de Miguel Bombarda 519 Porto.

A sessão do dia 17 terá como tema estes projetos que terão transmissão direta:
Facebook: LIVE da página do MIRA FORUM e na plataforma ZOOM
Entrar na reunião
https://us06web.zoom.us/j/82895537922
ID da reunião: 828 9553 7922

Sobre o seu projeto, Hugo Moura regista:

«…os anúncios de néon se afundam na mente deixando um clarão avermelhado que permanece […] como uma manta sobre os nossos pensamentos» 3
Este foi o mote para o início da pesquisa fotográfica: os clarões, as luzes, o exagero da informação. Contudo, a procura de informação não foi o objectivo principal, esta era demasiada, excessiva e violenta. Procurou-se a luz. Procurou-se que o trabalho fosse uma metáfora à forma como a informação é tratada nos nossos dias. Cheia luz, de movimento, de sensualidade, de emoção mas pelos mesmos motivos, desprovida de significado.

Marta Alves reporta:

“Desconectados com a vida frenética do presente, dois corpos unem-se para lugares de escape, de sobrevivência e de liberdade. Trata-se de uma hiperligação genuína e resiliente. Cada imagem, a preto e branco, retrata o desejo de ficar abraçado por um outro mundo que, embora transmita frieza, solidão e, até medo, é para os dois elementos, um espaço de conforto e bem-estar. A ausência dos vícios tecnológicos e a distância com a realidade social dos tempos de hoje tem aqui também um papel importante na origem deste diário íntimo. Além disto, o trabalho fotográfico pretende ainda revelar a importância do amor. O amor dos espaços abandonados, da natureza e de duas pessoas.”