A Colecção Avesso apresentou no sábado, 27 de outubro pelas 15h no MIRA FORUM, a primeira versão em língua portuguesa dos “Monólogos”, de Charles Cros, numa magnífica tradução de Regina Guimarães e com prefácio de Saguenail.
Leitura de textos por Alexandre Sá e Regina Guimarães.
Projeção de “Autrefois” (Saguenail, 1969).
Charles Cros: Cientista, inventor genial, poeta, mistificador, humorista, galhofeiro, participante em todos os clubes de insubmissos da boémia parisiense da terceira república – os «zutistes», os «hirsutos», os «sujeitos reles», os «hidropatas» –, Charles Cros (1842-1888) cultivou o monólogo como modo de subsistência. Precursor da «stand up comedy», o monólogo tal como Cros o concebeu e lançou, conheceu uma voga efémera – até à primeira guerra mundial – que o submergiu de imitações. No final do século XIX, todos os «homens de letras», dos jornalistas aos académicos, cometeram monólogos. Mas nenhum alcançou a graça e a fantasia criativa de Charles Cros.