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Conversa sobre projetos fotográficos _ António M. Teixeira | Sophie Goes

19 Jan, 2022

Conversa sobre projetos fotográficos dos autores do MIP_OFF Sessão_6
O MIP – Mês da Imagem do Porto – levou-nos a dedicar o MIRA ONline, aos autores que expuseram neste ciclo de fotografia. Em cada sessão, dois autor@s apresentam os seus projetos e podem (ou não!) pô-los em diálogo.
Na 6ª sessão, António Martins Teixeira e Sophie Goes conversam sobre os projetos que apresentaram no contexto do MIP_OFF.
António M. Teixeira
“Circulando na Quarentena”
Arredondando o confinamento ou circulando em quarentena. Uma divagação visual e fotográfica.
Os círculos não existem na natureza, no mundo sensível. São uma abstração. Os círculos existem no mundo inteligível, platónico, das representações e dos sonhos. Na natureza também não existem esferas. As esferas, tal como os círculos, são ideias, entes ideais. A presença de círculos e esferas é apaziguadora. Gostamos da sua companhia e rodeamo-nos de muitos. Por isso, dizemos arredondar quando pretendemos suavizar, polir ou adocicar e também que circular é viver. Mas, circular tem duplo sentido pois, quando nos sentimos perdidos dizemos que estamos a andar em círculos, não encontrando saída ou solução.
Contudo, eu prefiro a outra asserção, a de que circular é movimento, saída, solução, a do ânimo e da pulsão, tal como no amor, na circulação sanguínea ou no grande ciclo da vida.
Foi em honra das ideias de círculo e de esfera, de arredondamento e circulação, que todos queremos voltar a sentir, que, em quarentena, procurei e fotografei, com o meu telemóvel, algumas das que habitam comigo. Estas fotografias são uma representação possível dessa circulação.
Sophie Goes
“Eu não sei o que o amanhã trará”
A certeza do presente, reflete tenuemente a incerteza do futuro. O aqui e agora é real, é indelével, é meu.
Um friso de uma janela, os detalhes de uma porta, independentemente da sua roupagem são constantes. Do lado observável e sensitivo do presente, abre-se lenta e suavemente uma passagem para o abstrato, lugar onde a imaginação não tem limites, onde se pode construir o que nos permitirmos… o nosso futuro.
‘Eu não sei o que o amanhã trará’ eu sei que no presente estou aqui, e que a minha caminhada será para lá, voar, sentir, ser no futuro…
TRANSMISSÃO DIRETA:
LIVE na página do Facebook
Entrar na reunião Zoom
https://us06web.zoom.us/j/82047399375
ID da reunião: 820 4739 9375
Senha de acesso: 410974
NOTAS BIOGRÁFICAS
ANTÓNIO MARTINS TEIXEIRA
Nasceu em Gaia, em maio de 1962. Estudou Fotografia na Árvore – Cooperativa de Ensino Superior Artístico do Porto, de 1982 a 1985. Estudou Geografia na FLUP de 1984 a 1988. Expõe com regularidade, em resultado das suas explorações fotográficas.
Aprecia especialmente as potencialidades experimentais, estéticas e plásticas das câmaras estenopeicas, vulgarmente conhecidas por pinhole e também as suas particularidades ao nível do controlo de exposição e particularmente a possibilidade de as construir para cada projeto. Na sua opinião será a mais genuína “slow photography”, ou foto lenta.
Nesta senda adaptou alguns locais para se transformarem em câmaras fotográficas improváveis, nomeadamente uma capela e uma cabine de comboio. Recentemente aderiu também à chamada “mobile photography”, agradando-lhe particularmente a rapidez e a quase transparência do fotógrafo, mas também a facilidade de utilização e partilha. Em contraponto será a “fast photography” ou foto lesta.
As fotografias que realizou para este projeto foram construídas, captadas e editadas, a partir de um smartphone, porque entendeu que este aparato era o mais apropriado para Circular em Quarentena.
SOPHIE GOES
Engenheira de Ambiente, de profissão, fotógrafa de paixão. A senda da fotografia na sua vida não tem momento definido: ainda criança, brincava com a câmara da família, e mais tarde, desenvolveria uma saudável disputa com o pai pela captação da imagem que melhor definisse o momento, o local, o sentimento.
A vontade de aprender e de habitar o meio artístico tornou-se insaciável, pelo que, num acto muito próximo do irracional e de incomensurável emotividade, ingressou no Curso Profissional de Fotografia no IPF-Porto.
Agora e sempre, em busca de um mundo de desafios e descobertas, um mundo onde a fotografia, entretanto, viria a revelar-se como nova forma de vida.
Participou em exposições conjuntas, MIRA FORUM, “Elas”, com o trabalho “Deus quer, o Homem sonha e a Obra nasce” em Julho de 2021, e exposição integrada na comemoração do dia Internacional da Fotografia, promovido pela Instituto Português de Fotografia do Porto, no Yotel no Porto, com “Simbiose”, Agosto de 2021. Em novembro desse mesmo ano, integrou a exposição coletiva “Camarata”, com o trabalho fotográfico “Samadhi”.

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