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Exposições virtuais – quarentena/pandemia

27 Abr, 2020

22 abril 2020
Rui Apolinário, “Primitive reason ou a razão antes das coisas”
“Regresso inúmeras vezes a um mesmo lugar. Tantas são as vezes que o mundo chega a caber numa deambulação claustrofóbica de idas e voltas onde a “casa” passa a ser lugar indistinto.”
(Rui Apolinário | excerto do texto de apresentação)
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25 abril 2020
Alfredo Cunha, “A idade da inocência: memórias a preto e branco”
Alfredo Cunha é o autor das fotografias mais icónicas da Revolução de Abril. Para muitos que não viveram esse tempo, a representação do 25 de Abril são as fotografias dele. Está em Lisboa, tem 20 anos e uma máquina fotográfica analógica, com filmes 35mm a preto e branco.
Nesses dias de vertigem, mora na rua, acompanha os militares apeados ou em tanques, espreita vielas, casas e garagens, acompanha o espanto das pessoas que vão progressivamente ocupando os espaços públicos. O olhar dos militares, sublinhado noutras fotografias da altura, é de uma ingenuidade boa e promissora.
Repete desde então “Daquele dia, não guardo memórias porque, para mim, 25 de Abril de 1974 foi ontem. É uma sensação estranha que eu tenho, mas uma sensação mesmo real! Foi o dia mais feliz da minha vida!”
Nesta exposição virtual, o autor apresenta um conjunto de 21 imagens sendo a maioria (19) inéditas.
(O título da exposição foi sugerido por Teresa Pinto de Almeida)
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29 abril 2020
Filipe Carneiro, “No cosmos: do micro ao macrocosmos”
Quando convidámos o Filipe Carneiro a enviar-nos um trabalho de fotografia, para uma exposição individual on line, perguntou-nos qual o género que nos interessaria. Manifestámos a nossa preferência: fotografias captadas durantes a quarentena, fossem hospitalares ou outras.
Quando recebemos o ficheiro, encontrámos colegas de trabalho em ambientes que associámos à pandemia e espaços urbanos desertos. Era o que esperávamos. Mas vinham imagens captadas de noite escura com brilhozinhos humildes. A fotografia de um telescópio permitiu-nos identificar essas imagens com a astronomia. Pedimos esclarecimentos ao Filipe e ficámos a saber que o cirurgião cardiotorácico e fotógrafo é, desde há muito, um astrónomo amador. Faz parte da Associação Portuguesa de Astrónomos Amadores (APAA) e dedica-se há algum tempo à fotografia astronómica. Falou-nos com entusiasmo – o mesmo quando nos fala das intervenções cirúrgicas – do espanto que a noite imensa lhe proporciona. A norte, as condições não são tão favoráveis como mais ao sul, no Alentejo mas isso não o impede passar noites entre folgas na Serra da Freita e no Monte de Santa Justa. As imagens que constam desta exposição foram captadas neste tempo de quarentena com o distanciamento social total porque são peregrinações solitárias. Percebemos que o Filipe navega entre o microcosmo capilar e o macrocosmo sem limites, dois mundos que se compatibilizam e complementam ligados pela curiosidade e o deslumbramento pelas coisas da vida.
(Manuela Matos Monteiro)
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1 maio 2020
Paulo Pimenta, “as vozes | os corpos | as ruas”
A pandemia trouxe uma experiência humana coletiva inédita pelo seu carácter radical, letal e universal. O contágio deixou de ser um conceito para ser uma probabilidade tão palpável que não podemos tocar sem sobressalto coisas e pessoas. Mas são as ruas, desprovidas de gente, o mais evidente sinal da situação extraordinária que vivemos. As fachadas estão caladas como se as casas tivessem passado a ser lugares de reclusão e não de acolhimento. Nas ruas habita o silêncio que nos deixa ouvir os pássaros mas o seu canto não é bom augúrio e por isso não nos traz contentamento. O MIRA organizou um programa on line intenso e diverso no 25 de Abril e no 1º de Maio porque é assim que fazemos todos os anos e a excecionalidade do momento justificou uma intenção ainda maior em celebrar o Dia da Liberdade e o Dia do Trabalhador. Pedimos ao Paulo Pimenta que nos trouxesse a rua com gente, não uma seleção de imagens de outros 1º de Maio, mas ruas com gente dentro, com vozes, com corpos a gritar, a cantar, a protestar, a celebrar. E aqui está a rua inteira em protesto contra a troika, em luta pelos direitos das mulheres, dos migrantes, dos trabalhadores, a agitar a bandeira de grandes causas, a celebrar a Liberdade, a festejar as conquistas que a pulso se vão alcançando. Nestes dias de recolhimento, não podemos correr o risco de perdermos o sentido dos outros fechando-nos num medo e auto proteção individual, egoísta. O sentido de comunidade a envolver os outros – próximos e longínquos – é um bem maior que temos de proteger e cultivar. As fotografias do Paulo lembram-nos momentos em que fomos muitos em que fomos comunidade. Queremos recuperar as vozes, os corpos, as ruas em protesto e em celebração.
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6 maio 2020
Luís Veloso  “Estranhos tempos estes”
Luís Veloso é médico neurologista no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e tem vivido esta pandemia em contexto hospitalar embora não diretamente ligado à patologia do Covid 19. “Estranho” é palavra mais usada quando o ouvimos a dizer a situação que tem vivido. E, para si, todas as palavras sinónimas de “estranho” se ajustam a este tempo – extraordinário, desusado, anormal, esquisito, singular, alheio, excessivo, esquivo, repreensível, insólito, excêntrico, inusitado, especial, incomum … O médico estranha tudo neste estranho tempo: a ausência dos doentes que não estão infetados, os doentes sozinhos sem família por perto, os corredores vazios, o silêncio que não apazigua … Os sentimentos são contraditórios porque, se por um lado este estado estreita laços entre os profissionais unidos por uma mesma preocupação, por outro, afasta porque as equipas estão fracionadas, porque não há reuniões em que a proximidade e o face-a-face dizem muito mais do quando mediados pelos ecrãs de computador e telemóvel, porque os encontros são fortuitos, tensos e apressados. Luís Veloso desde o início da pandemia tem recolhido imagens para o que chama de “Covidiário” usando uma pequena camara digital. Diferentemente do que é habitual – faz pouca edição, intervém pouco no produto das suas capturas – o fotógrafo recorre ao telemóvel para editar de forma intensa e carregada, com tons fortes, abusando intencionalmente do “sharp”. Associa a forma estranha de editar à forma estranha da vida que é mais intensa, mais carregada com um “sharp” que magoa e fere. (Manuela Matos Monteiro)
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9 maio 2020
Adelino Marques “Pelos caminhos das pedras”
A série “Pelos caminhos das pedras” é habitada por formações rochosas captadas por Adelino Marques em diferentes locais: Serra d’Arga, Serra da Aboboreira, Serra do Marão, Serra do Alvão, Serra da Freita, Serra de Montemuro e Praia de Lavadores. Ao aceitarmos o desafio de fazermos este caminho das pedras, percebemos que não importa a localização geográfica nem quando aconteceu o registo das imagens. O ponto de vista e a perspetiva escolhida transforma estas massas de rocha em grupos escultóricos a lembrar os trabalhos de Henri Moore levando-nos tentar adivinhar e identificar o que são, quem são aquelas formações ora redondas ora cortantes, isoladas ou copuladas, plantadas no chão ou em equilíbrios instáveis. Estão sós, desabitadas porque destas paisagens não consta a presença humana e os apontamentos vegetais são irrelevantes. A proposta que nos é feita está à partida determinada pelo olhar do fotógrafo que não nos deixa sair do foco acentuado por uma moldura que limita propositadamente o nosso campo de visão. E olhando as imagens num tempo de quarentena, estas paisagens aparecem como uma metáfora ao confinamento que vivemos hoje, reféns de nós, reféns dos outros. Há um subliminar convite à introspeção, a um certo cismar sobre a solidão, sobre a finitude e, sobretudo, sobre o tempo. A quietude destas paisagens lembra que talvez seja preciso desacelerar, reclamar o tempo para que o nosso caminho das pedras seja sentido, pensado, vivido. (Manuela Matos Monteiro)
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13 maio 2020
Rui Ochoa “A China dos anos 80”
Quando convidámos o Rui Ochoa a propor uma exposição para o MIRA FORUM on line, entre outras propostas nomeou um trabalho com imagens captadas na China em 1986 que consideramos. São muitas a razões desta escolha.
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16 maio 2020
Coletivo “Thin Line”
O projeto “Thin Line” procura refletir, a partir do território de fronteira, sobre o significado da Europa de hoje, pondo em evidência os desafios de habitar um espaço único, com ritmo e tempo distintos.
Esta proposta é apresentada pelo Colectivo uma plataforma comum de pesquisa e produção dos fotógrafos Lara Jacinto, Miguel Proença e António Pedrosa
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20 maio 2020
Narrativas Visuais da Quarentena | Visual Narratives of the Quarentine
No dia 2 de abril, a Galeria MIRA FORUM lançou no facebook o grupo “Narrativas Visuais da Quarentena 2020 | Visual Narratives of Quarentine 2020 com o objetivo de colecionar imagens pessoais do lugar que passou a ser o nosso território quase exclusivo das nossas vidas: a casa. Confrontados com um confinamento obrigatório, a casa passou ser o quase exclusivo objeto das nossas fotografias.
Um mês e meio depois do seu início, inauguraremos uma exposição virtual em que apresentaremos uma fotografia de cada participante em que o assunto é o quotidiano vivido nas casas e nas saídas precárias.

A pandemia apanhou-nos a todos de surpresa. De repente, a humanidade vive uma situação nova a nível global para a qual não tem resposta e que interferiu de forma radical no nosso modo de vida. Passámos a viver um tempo de passagem, um tempo fraturado e fraturante em que sair para a rua ou frequentar um espaço público passa a ser perigoso, em que abraços e beijos são interditos porque portadores potenciais do mal. O incomum, o estranho apodera-se das nossas vidas que têm de ser repensadas, reabilitadas no contexto do confinamento. A casa passa a ser o território quase exclusivo onde a vida se desenrola criando-se uma nova cumplicidade com o espaço doméstico. A vida ativa, acontece nos diferentes ecrãs que nos dão acesso à informação e à interação social.
Face à perplexidade que nos assaltou, e que para os fotógrafos assumiu especiais inquietações, a galeria MIRA FORUM propôs-se através de um grupo no facebook – Narrativas Visuais da Quarentena 2020 | Visual Narratives of Quarentine 2020 – constituir um arquivo fotográfico a partir das fotografias do confinamento procurando que os seus membros explorassem fotograficamente um novo lugar, um novo cenário, uma nova paisagem: a casa e o pequeno mundo disponível nas breves saídas precárias. Todos e cada um foram descobrindo que afinal “tudo é outra coisa” e que os objetos e fazeres vulgares e sem graça proporcionavam, afinal, sugestões estéticas estimulantes. O mural do grupo passou a ser povoado por utensílios que até então só conheciam a sua funcionalidade na cozinha, por pormenores de cantos da casa que sempre estiveram agasalhados pela sua invisibilidade, pelos animais de companhia, pelas sombras desenhadas pelas luzes … As imagens captadas e publicadas devolveram-nos um quotidiano quase poético que a rotina dos dias atarefados não deixava descobrir.
Pela primeira vez na sociedade moderna, há um vírus “sem pecado” diferente da SIDA e do Ébola que afeta todos os países e todos os seres humanos são potenciais vítimas e assim, a ideia de humanidade tornou-se mais evidente. A partilha dos medos, das emoções, dos lutos trouxe também atos solidários seja na cooperação na investigação, na gestão de recursos, na produção coletiva de cultura e modos de fazer. As redes sociais foram um instrumento de socialização que permitiu atenuar os efeitos do confinamento inscrevendo-nos num mundo mais próximo e mais global.
Não sabemos como vai ser e quando vai ser o futuro. Não sabemos se daqui a uns tempos não teremos uma certa nostalgia deste tempo contido, confinado mas ao mesmo tempo solidário e a mostrar quão criativa e produtiva é a humanidade.
Termos contribuído com este grupo para este espírito ao juntar trabalhos de fotógrafos de tantas partes do mundo é para nós um motivo de alegria e orgulho. (Manuela Matos Monteiro)

Visual Narratives of the Quarantine 2020
The pandemic took us all by surprise. Suddenly, humanity is experiencing a new global situation to which it has no response and which has radically interfered in our way of life. We have experienced a time of passing, a fractured and fracturing time in which going out into the street or visit a public space becomes dangerous, in which hugs and kisses are forbidden because they may be potential carriers of evil. The unusual, the strange takes over our lives that have to be rethought, rehabilitated in the context of confinement. The house becomes almost the exclusive territory where life unfolds, creating a new complicity with the domestic space. The active life happens in the different screens that give us access to information and social interaction.
In the face of the perplexity that assaulted us, and that for the photographers took on special concerns, the gallery MIRA FORUM proposed through a group in facebook – Visual Narratives of Quarentine 2020 – to create a photographic archive from the photographs captured during confinement of its members, to photographically explore a new place, a new scenery, a new landscape: the house and the small world available in the brief, precarious outings. Each and every one discovered that after all “everything is something else” and that the ordinary, dull objects and routines provided, after all, stimulating aesthetic suggestions. The mural of the group began to be populated by utensils that until then only knew its functionality in the kitchen, by the details of corners of the house that were always wrapped by its invisibility, the pets, the shadows drawn by the lights … The images captured and published gave us back an almost poetic daily life that the routine of busy days did not let us discover.
For the first time in modern society, there is a “sinless” virus different from AIDS and Ebola that affects all countries and all human beings are potential victims and thus the idea of humanity has become more evident. The sharing of fears, of emotions, of grief has also brought about acts of solidarity whether in cooperation in research, in resource management, in the collective production of culture and its ways of doing it. Social networks have been an instrument of socialization that has allowed us to attenuate the effects of confinement by inscribing ourselves in a closer and more global world.
We do not know how it will be and when the future will be. We don’t know if in a while we won’t have a certain nostalgia for this time contained, confined but, at the same time, solidary and showing how creative and productive humanity is.
Having contributed with this group to this spirit by bringing together works of photographers from so many parts of the world is for us a reason of joy and pride. (Manuela Matos Monteiro)
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23 maio 2020
Estevão Lafuente “Faces & Places”
O tema recorrente do trabalho fotográfico de Estêvão Lafuente é a vida que acontece nas ruas que percorre, seja em Portugal, seja noutras partes do mundo.
Na proposta que apresenta no ciclo de exposições virtuais do MIRA FORUM, o fotógrafo seleciona imagens em que o rosto humano é protagonista levando-nos a colocar a questão: será que é possível saber o que aquela expressão facial revela? Será que a uma dada expressão corresponde um sentimento, uma emoção, uma maneira de ser?
As fotografias que selecionou interrogam-nos. Cabe a cada um de nós dar uma resposta.
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27 maio 2020
Jorge Pedra “Casa e cinquenta metros”
Há uma restrição ao espaço da casa e aos cinquenta metros à volta. Chega ao fotógrafo para inventar uma infinidade de olhares. Coisas e objetos comuns, são agora, através da câmara, formas e linhas, luz e sombra. A realidade é interpretada pelo fotógrafo – e depois também pelo observador. Então resulta a subjetividade: Antes da fotografia, as coisas podiam ser rodeadas, sentidas, apreciadas num contexto. Agora, pela janela que o fotógrafo quer, espreita-se um bocado do mundo. E em tudo que havia movimento, como nas folhas tocadas pelo vento, há agora uma quietude de morte: fixou-se um momento, mostra-se sempre o passado. As cores resultam em tons de cinza, tudo numa bela mentira, como uma poesia sem palavras.(texto de Jorge Pedra)
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30 maio 2020
Aires Pires “O outro Mundo”
O trabalho fotográfico de Aires Pires move-se em muitos universos mas aquele que mais atrai a nossa atenção é o um outro mundo, invisível para o nosso olhar comum.
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3 junho 2020
“Pela mão do mundo” de Ricardo Fonseca
O Ricardo Fonseca é um fotógrafo do Porto, é um fotógrafo do mundo. Na exposição que apresentou no MIRA FORUM em novembro de 2014, trouxe-nos um Porto inteiro, um Porto cru de diferentes épocas mas reconhecendo-se sempre na sua inteireza identitária. Quando lhe pedimos uma proposta para este ciclo de exposições virtuais de fotógrafos que já tinham exposto no MIRA, Ricardo Fonseca enviou-nos um ficheiro que claramente projetava a sua necessidade de sair do confinamento: fotografias da China, de França, Nepal, Filipinas, Índia, Angola, EUA, Argentina, Islândia, S. Tomé e Príncipe, Turquia, Perú, Cuba, Portugal … A quietude, o fechamento, a inquietação do estranho tempo que nos imobilizava em casa leva-o a fazer uma ronda pelo mundo. Dominam cenários de proximidade de lugares longínquos: a rua, o templo, a praça, a casa com humanos a trabalhar, a rezar, a representar, a dançar, a lidar na vida … Ás vezes, baralha-nos porque julgamos que uma “crucificação” pascal acontece nas Filipinas e afinal é em Vilar de Perdizes, julgamos que reconhecemos o homem estátua de uma rua de Lisboa mas afinal é de Buenos Aires. Reforçamos a ideia que de facto somos humanidade em qualquer ponto geográfico e que o mapa das diferenças é uma construção que introduziu ao longo da História as desigualdades. A pandemia obrigou-nos a confrontar-nos com reflexões que geralmente fazem parte do pensar filosófico infelizmente devorado pela pressa quotidiana: quem somos, onde estamos, o que é a vida, para onde vai o mundo, o que fazemos ao tempo, … A precaridade biológica levou-nos a repensar-nos na relação com os outros e com a natureza, a explorar meios digitais para nos mantermos ativos entre as paredes da nossa casa transformada em reduto, em defensivo confinamento. Em tempo de zooms, whatsapps, facetimes, skypes, house partys e hangouts e redes sociais formatamos a nossa perceção quando uma cabeça de cação captada numa das ilhas atlânticas nos lembra um emoji descolorido, triste e deprimido. Esta exposição termina com paisagens de lugares, amplos cenários do mundo constituindo um hino à natureza. A doença que sufoca, que faz a falir o sistema imunológico deu à natureza a possibilidade de respirar melhor, de aligeirar a desmedida sobrecarga. Pela mão do mundo, Ricardo Fonseca leva-nos longe, leva-nos a pensar.  (Texto de Manuela Matos Monteiro e Banda sonora de João Lafuente)
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“Hollywood, a fotografia e o cenário” de Renato Roque
O projecto fotográfico “Hollywood” reúne um conjunto de imagens realizadas na barragem do Picote e de Bemposta nos anos de 2007 e 2011. As barragens do Douro Internacional são construções magníficas, objectos avassaladores, pousados numa paisagem agreste e selvagem. As imagens foram feitas durante as obras de ampliação das unidades energéticas, que obrigaram a desviar a corrente e a esvaziar a água do leito do rio a jusante da parede. (…) No projecto fotográfico “Hollywood” a ideia de cenário, paradoxalmente, não resulta de alguma ilusão introduzida e nem sequer intuída nas imagens, mas sobretudo de algo que poderíamos chamar quase uma sobre-realidade que se impôs naturalmente e sem quaisquer artifícios. 
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“Máscaras” de Adriano Miranda
O fotojornalista do PÚBLICO, Adriano Miranda, confessou-nos que quando recebeu o convite para organizar uma exposição virtual no MIRA FORUM não teve qualquer hesitação na escolha. Foi buscar à sua memória pessoal um trabalho académico que desenvolveu durante a sua formação na ARCO no início da década de 90 em tempo de Carnaval.
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“O Circo” de Eugénio Leite
“Senhores e senhoras, meninos e meninas o espectáculo vai começar! O apresentador de cartola preta, fraque vermelho e botas de cano alto anunciava assim o momento tão desejado. O recinto escolhido era invariavelmente o mesmo: o Coliseu do Porto.” (Eugenio Leite)
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“De comboio vê-se o mundo” de José Vaz e Silva
Se, através deste trabalho, José Vaz e Silva quis mostrar um espólio ferroviário que importa valorizar, por outro lado, a técnica utilizada, força-nos a estar mais atentos, tentar descobrir e relacionar o detalhe com a realidade conhecida. Em tempos de confinamento onde estamos limitados no prazer de viajar, uma exposição que nos transporta para uma verdadeira viagem de comboio, num vaivém sossegado, e nos faz sentir a bordo. O cenário de tons sépia, grises, quase ocres revela uma paisagem bucólica com assomos de contemporaneidade. O trajeto sinuoso que surge entre o branco das árvores; os plácidos lugarejos ao longo do percurso; o abandono e degradação de infraestruturas com carruagens ao desleixo e uma vegetação que parece habitar a via; a figura de um turista “perdido”, formam uma sucessão de imagens que refletem uma nostalgia e quietude por um lado, e algum bulício e até um ar sombrio por outro. É a lente do fotógrafo que capta o rosto comum, o detalhe descuidado e solitário, o quotidiano de uma vida a acontecer tão lenta(mente)… Uma viagem ao passado, que conta a história de uma linha em desalinho! (Texto: Teresa Soares; Som: João Lafuente)
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“Ronda” de Lucília Monteiro
Na série de exposições que o MIRA FORUM organiza online, os fotógrafos que já expuseram na galeria foram convidados a apresentar um trabalho para ser exibido nas redes sociais sob a forma de um álbum e um vídeo. Lucília Monteiro, fotojornalista da Visão, escolheu cinco séries de um trabalho que produziu para a revista em tempo de confinamento. Diariamente, enviava sete fotografias realizadas em sua casa sob a forma de crónicas fotográficas. Às crónicas atribuiu títulos – “De volta a Caverna”, “Homem só”, “Janela – Passagem para o Olhar”, “Viagem” e “Respiração condicionada” – que são guiões que nos orientam. Mas o carácter introspetivo e subjetivo das fotografias da Lucília são um convite a que nos pronunciemos sobre a nossa experiência da quarentena. As suas rondas são sempre luz e sombra, matéria que constitui a própria fotografia, mas que aqui são “personagens” que contam os dias que fantasmaticamente nos sobressaltam. As janelas são o meio de ligação com o mundo em volta trazendo-nos as janelas de outros vizinhos com vidas igualmente confinadas, ou da rua habitada efemeramente por gente só que sai por inadiável necessidade ou janelas que, afinal, só nos devolvem nesgas de mundo, enevoamentos, grades a lembrar que a casa passou a ser cárcere. Na casa, os ecrãs – TV, tablets, computadores – são outro tipo de janelas que nos trazem outro mundo igualmente suspenso e inquieto cheio de solidões. E são os objetos que indiciam as vidas presentes e ausentes: o bengaleiro, os retratos, os livros a lembrar leitores … e quase ouvimos os passos que se queriam a viajar nem que fosse para uma rua livre de constrangimentos. Neste mundo a preto e branco, destaca-se a série a cor em que ironicamente o balão é cor de rosa a lembrar, talvez, que a vida não é mesmo dessa cor. Nesta “Respiração condicionada “, o balão enche-se à custa do ar dos pulmões soprado a custo que lhe dá uma existência para além do pedaço de borracha rosa que é. A pessoa passa de criador a criatura e o balão ocupa todo o espaço. Será uma metáfora para a pandemia? Será antes um sinal de esperança? As fotografias da Lucília dão-nos a liberdade de através delas nos contarmos neste tempo disruptivo que suspendeu as vidas e de que lentamente estamos a sair. Estas rondas são registos que nos levam a revisitar um tempo excecional e angustiante. Apropriar-nos deles e integrá-los na nossa memória pessoal pode ser um modo de superarmos alguns dos nossos medos e angústias e a acreditarmos que o futuro, quando acontecer, pode ser melhor. (Texto: Manuela Matos Monteiro Som: João Lafuente)
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“Istanbul: a 35mm perspective” de Augusto Lemos
Aproveitei uma escala a caminho de Ho Chi Minh e acabei por ficar um fim de semana em Istambul. E em três dias dá para ver alguma coisa? Claro que dá, mas também há muita coisa que fica por ver. Fui ver algumas daquelas coisas que todos os turistas vão ver e fui ver outras onde poucos turistas vão: como são os casos do Istanbul Fotograf Museum e da escadaria Camondo, que há muitos anos (1953) foi fotografada por Henry Cartier-Bresson. Há outro sítio que pode não ser tão turístico, mas que é lugar importante para os amantes dos livros de Orhan Pamuk: claro que estou a falar do Museu da Inocência, a ideia de um romance que se tornou num museu material concreto. Dos sítios mais turísticos, selecionei três, só mesmo para não dizerem que não estive em Istambul: A Santa Sofia, a Basílica Cisterna e o Grande Bazar, além de um passeio de barco no Bósforo. Na Ponte Gálata, que une as duas partes europeias de Istambul, come-se peixe no tabuleiro de baixo e pesca-se no tabuleiro de cima. Podia ser ao contrário, mas não, é assim. E ainda bem que é assim. Se fosse ao contrário, quando estamos a jantar, nunca conseguíamos ver os peixes a subir. Esta cidade é tão rica em diversidade que vale a pena perdermo-nos no Grand Bazaar e depois parar numa das grandes praças ou jardins, na Praça Tacsim ou no Mehmet Akif Ersoy Park, por exemplo, sentarmo-nos num banco e apreciar o mundo que nos rodeia. Todas as fotografias desta série foram registadas com uma câmara Fuji X100F, que tem uma objectiva fixa, equivalente a uma lente de 35mm. (Texto: Augusto Lemos)
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“Cidade Solitária” de João Ferreira
Estas imagens fazem parte de um bloco de notas, no qual vou apontando alguns momentos das minhas viagens ao Cantão chinês. Uma memória, muitas vezes sem uma ligação temporal ou sequer com a intenção de criar uma narrativa. São somente imagens soltas, algumas das quais feitas já no início deste ano, antes da maior migração mundial que acontece anualmente na altura do ano novo chinês e ainda numa altura em que a pandemia que vivemos no dia de hoje, era para nós europeus uma miragem. Memórias de uma megalópole Shenzhen, à beira do delta do Rio das Pérolas, onde residem na zona metropolitana mais de vinte milhões de habitantes. Os efeitos da pandemia, fizeram acalmar os tumultos da vizinha Hong Kong e agora passados três meses, a vida nas cidades chinesas vai regressando às suas rotinas. (Leiria, Abril 2020, João Ferreira)
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“Mar Bravo” de Pedro Neves
Há 12 ou 13 anos que Pedro Neves filma o mar português para produzir um filme, “Mar Bravo”. Ao mesmo tempo, fotografa-o sem outra intenção para além de um registo daquele mar, naquele momento. As fotografias que constituem esta exposição virtual reproduzem o ficheiro enviado pelo autor em que é patente a despreocupação em organizar as imagens segundo um qualquer critério a não ser fixar o mar nas suas diferentes manifestações e configurações. O mar que nos apresenta combina as contradições que, afinal, dizem o mar: mar solar, mar lunar mar livre, mar violado, usurpado mar solto e mar disciplinado mar plano, mar encapelado mar lavrado mar cama, mar caixão mar de mistérios mar liso espelho do céu mar povoado, mar deserto mar de gaivinas, mar de estrelas mar de maresia a saber a sal mar de brisas mansas e ventos desatados mar montanha, mar planície mar de horizontes, mar de grutas mar de encontros, mar de perdições mar de limites, mar de sonhos Mar Mar Mar Mar Bravo Mar Bravo Mar Bravo (Texto: Manuela Matos Monteiro Som: João Lafuente)
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“Tudo e Todos” de Luís Câmara
Imagens deste fantástico Mundo multifacetado onde tudo e todos contribuem para singulares momentos onde a luz, as sombras, as formas, as geometrias, os grafismos, as texturas, as coincidências e as pessoas interagem entre si e protagonizam um olhar que procura ser atento, global e estabelecer improváveis relações entre diferentes realidades. (Luís Câmara)
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“Raio de vizinhança” de Nelson Silva Sousa
O título da exposição do Nelson Silva Sousa joga com um duplo sentido do termo raio: designa um território alargado e também um (des)valor relativo a uma vizinhança problemática. O nome “Aleixo” convoca um lugar no Porto e as torres de habitação social envolvidas num processo complexo que afetou muitas vidas e que alterou a fisionomia daquele espaço urbano. As cinco torres do bairro foram inauguradas em 1974 para acolher famílias pobres vindas da Ribeira, envolvendo cerca de 1500 pessoas. Na zona, havia dezenas de fábricas que empregavam centenas de operários que enchiam as ruas e animavam o pequeno comércio local incluindo tascos e tabernas. As rápidas mudanças económicas e sociais globais tiveram como reflexo local o encerramento das unidades fabris o que mudou a paisagem física e social. Duas das cinco torres foram demolidas em 2011 e 2013. As razões invocadas foram a degradação dos imóveis e o tráfico de droga. As outras torres foram, entretanto, esvaziadas e os moradores espalhados por diferentes bairros da cidade. O fotógrafo visitou a zona em janeiro de 2020 numa deambulação sem agenda nem propósito previamente definidos. Os seus registos devolvem-nos uma realidade que nos interpela: há vazios cercados por vedações, becos sem saída, passagens estreitas, entulho, ruas desertas, muros antigos assaltados por silvas e heras. Prédios e pequenas casas de arquiteturas várias organizam-se em arruamentos ou em caminhos e veredas antigas. Os taipais apenas ocultam parte das construções novas que se vão erguendo e há cartazes que anunciam em algumas propriedades “For sale”. As fotografias transmitem um sentimento de nostalgia acentuado pelo preto e branco. Parece que os vazios reclamam ser ocupados. Pressentem-se presenças ausentes como se o lugar reclamasse ser re-habitado como já foi. O objetivo do fotógrafo não foi documentar uma realidade respeitando a metodologia desta área da fotografia. Mas estas imagens têm a identidade do lugar, têm histórias e memórias que nos transmitem melancolia e uma certa inquietação. No horizonte, o Douro encontra o Atlântico. (Texto: Manuela Matos Monteiro Som: João Lafuente)
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“Work in Progress” de Cláudia Clemente
A auto-representação na arte é um tema recorrente, tanto na pintura como na fotografia. Na senda de artistas como Nan Goldin, Cindy Sherman, Jo Spence, sirvo-me do meu corpo como suporte e tema, matéria-prima para a criação de personagens.
O meu trabalho fotográfico consiste em revisitar o auto-retrato, tentando incutir-lhe um cunho pessoal e contemporâneo, para despertar a consciência e o julgamento (auto) crítico de quem o vê.
Estando a desenvolver uma tese sobre o Espelho na Arte, estas séries, iniciadas em 2010 são tanto um ponto de partida para uma investigação teórica quanto um prolongamento prático desta. A fotografia – os retratos- são um espelho onde aquele que contempla se projecta e revê.
Para Francesco Casetti o espelho tanto pode fascinar como atemorizar: o espectador horroriza-se quando se reconhece pela primeira vez numa imagem.
Irigaray não se revê no espelho plano de Lacan, e propõe um modelo de espelho (speculum) que revele a interioridade do espectador. É nessa relação interioridade/exterioridade que o paradoxo do espelho se realiza. A minha arte recusa a passividade do espectador, antes, incita-o a intervir.
À série inicial Playing with Mysef, seguiu-se The Broken Nose Project, que explora a arte enquanto forma de superação e de reconstrução física.
Plastic Bitch é o espelho da situação actual – consumismo desenfreado, poluição extrema, esgotamento de recursos naturais, produção exacerbada de lixo – o espelho incómodo onde vemos reflectido aquilo em que, enquanto sociedade, nos transformamos: plastic bitches. (Texto: Cláudia Clemente Som: João Lafuente)
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“Quarentine Circles” de António Martins Teixeira
Uma divagação visual e fotográfica.
Arredondando o confinamento ou circulando em quarentena.

Os círculos não existem na natureza, no mundo sensível.
São uma abstração.
Os círculos só possuem duas dimensões e na natureza nada possui apenas duas dimensões.
Os círculos existem no mundo inteligível, platónico, das representações e dos sonhos.
Na natureza também não existem esferas.
As esferas, tal como os círculos, são ideias.
Mesmo os objectos naturais que melhor se aproximam da ideia de esfera ou esferóide, não o são absolutamente, têm irregularidades. Chamamos-lhes imperfeições.
Só com a indústria mecânica e a sua obsessão pela regularidade e repetição foi possível dar corpo a essa nossa obsessão e nos aproximou das esferas e dos seus parentes, os círculos.
Por exemplo, gostamos de dizer que vivemos no lado de fora de uma esfera, mas, além de não ser absolutamente uma esfera, não conhecemos nenhuma outra forma igual.
Para resolver o problema da forma tentou-se arranjar um modelo só para ela, algures entre o geóide, o esferóide e o elipsóide. Mas, nem assim chegamos lá. Não há um que a represente com todas as suas particulares “irregularidades” e por isso a esfera tem e vai cumprindo razoavelmente.
Conclusão, a Terra tem a forma da Terra, que é única e diferente de todas as outras.
Gostamos de imaginar os planetas assim, como esferas perfeitas e de os representar bidimensionalmente como círculos, porque nos sentimos bem com as esferas e com os círculos.
A sua presença é apaziguadora. Rodeamo-nos de muitos.
Por isso, dizemos arredondar quando pretendemos suavizar, polir ou adocicar e também que circular é viver.
Mas, circular tem duplo sentido.
Quando nos sentimos perdidos dizemos que estamos a andar em círculos, não encontrando saída ou solução.
Contudo, eu prefiro a outra asserção, a de que circular é movimento, saída, solução, a do ânimo e da pulsão, como no amor, na circulação sanguínea ou no grande ciclo da vida.
Foi em honra das ideias de círculo e de esfera, de arredondamento e circulação, que todos queremos voltar a sentir, que, em quarentena, procurei e fotografei alguns dos que habitam comigo.
Estas fotografias são a sua representação possível. (Texto: António Martins Teixeira; Som: João Lafuente)
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“Futuro Contínuo” de Inês D’Orey
Inês d’Orey fotografa espaços interiores no limbo. Espaços que serão destruídos, espaços que serão renovados, espaços vazios pouco antes de encontrarem o seu destino.
Motivada pela profunda transformação do património arquitetónico, particularmente impulsionada pelo aumento do turismo que se tem registado em Portugal, esta é uma série que reflete sobre a alteração permanente da paisagem construída que nos rodeia . Os edifícios são entidades imutáveis no imaginário da maioria, mas são na verdade obras em metamorfose perpétua, uma mediação mental entre o mundo e nossa consciência, a nossa história e a nossa memória. Estes não podem escapar do ciclo inexorável de construção e destruição que caracteriza a cidade – e a própria vida. O futuro continuará.(Som: João Lafuente)
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“Flagrantes” de Carlos Lopes Franco
As fotografias que constituem esta exposição online no MIRA FORUM não têm a pretensão de constituir uma abordagem exaustiva da vida social e/ou aspetos singulares de pessoas, mas tão somente uma forma própria de observar, entender e transmitir a minha interpretação sobre o quotidiano das gentes, das culturas, do património, das vivências, dos hábitos e costumes, das crenças, das atmosferas citadinas ou rurais, através de um tipo de fotografia em que se destaca a dimensão humana.
Em muitas situações e momentos registados, foi estabelecida uma interação natural, direta, sincera entre mim e as pessoas fotografadas o que permitiu que através do meu olhar e sensibilidade fosse expressa a naturalidade e autenticidade dessas pessoas
São flagrantes da vida comum em que os humanos são os protagonistas.
Registo sentimentos e emoções.
Registo a vida. (Texto: Carlos Lopes Franco; Som: João Lafuente)
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“Cidade Cinza” de Rui Dias Monteiro
“Cidade cinza” é um múltiplo em fac-símile de 15 exemplares, feito a partir de um livro de artista, exemplar único com o mesmo título, construído entre 2016 e 2018. Inclui desenho e colagem de fotografia sobre papel.
Editado pela STET – livros e fotografias, 2019.
Os poemas também estão editados pela não edições, em “Reunião de pedras”. (Som: João Lafuente)
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“Nefelibata” de José Bacelar
Nefelibata
(grego neféle, -es, nuvem + -bata)
adjectivo de dois géneros e substantivo de dois géneros
1. Que ou pessoa que anda ou vive nas nuvens.
2. Que ou quem é muito distraído.
3. [Depreciativo] Diz-se de ou escritor, geralmente excêntrico, que faz prosa ou versos que se afastam dos processos literários mais comuns.
(n.) lit. “cloud walker”; one who lives in the clouds of their own imagination, or one who does not obey by the conventions of society, literature, or art.
A vida é uma viagem experimental, feita involuntariamente. É uma viagem do espírito através da matéria, e como é o espírito que viaja, é nela que se vive. Há por isso almas contemplativas que têm vivido mais intensa, mais extensa, mais tumultuariamente do que outras que têm vivido externas. O resultado é tudo. O que se sentiu foi o que se viveu. Recolhe-se tão cansado de um sonho como de um trabalho visível. Nunca se viveu tanto como quando se pensou muito. (Som: João Lafuente)
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