“Expurgar: derivações sónicas e espaciais”
A intenção artística deste espetáculo é criar um espaço de reflexão sobre a articulação poética entre corpo, espaço e acontecimento. Desenvolve-se uma estrutura triangular, onde a montagem visual que se faz a partir do som, parte para uma composição sonora que ainda que muito influenciada pelo universo imagético assume um desenvolvimento musical autónomo percorrido pela dimensão espacial do filme. Se no primeiro momento a leitura ou fruição depende inteiramente da narrativa audiovisual (do forte imbricamento entre as imagens e os sons), no segundo momento a componente imagética lentamente reduzida a vestígios, retira-se, abrindo espaço para a experimentação sonora, criando-se condições para que o possível universo imagético perdure ou regresse sob a forma de imagens mentais, reverberando nas cabeças de cada espectador.
Equipa:
Dária Salgado: conceção criativa, imagem e realização do filme
Nuno Trocado: Guitarra e eletrónica
Sérgio Tavares: Contrabaixo, sons e música do filme