Na sexta-feira, 24 de novembro pelas 21h30, o MIRA FORUM apresentou mais uma noite dedicada ao jazz, desta vez com o terceto de Manuel Beleza.
Ao longo da sua carreira, Manuel Beleza tem-se dividido entre a música e a poesia.
Na última década e depois do piano, decide eleger como companheiro e confidente, o Órgão Hammond.
Autodidacta no instrumento e com um registo entusiasmante e invulgar na abordagem ao jazz, é visto por muitos como um dos raros casos da nova tendência do Hammond em Portugal.
Manuel Beleza Jazz terceto foi um projecto desenvolvido num formato completamente novo entre nós, órgão Hammond – saxofone – bateria. Com uma sonoridade que nos faz lembrar
os “velhos” grupos de Larry Young com Sam Rivers e Elvin Jones, este trio construiu a sua própria história e consolidou o seu próprio som ao longo de mais de uma década.
Desse árduo trabalho, nasce o álbum, Para além de mim…, que consiste numa compilação de peças originais, compostas ao longo da carreira de Manuel Beleza como pianista, organista e compositor.
Inspiradas nos seus próprios poemas, fazem uma simbiose de todas as suas vivências e experiências musicais, que passam pelo Rock, Fusion, música Erudita e Étnica, com fortes influências Bop e Afro-latinas.
A linguagem deste trio tornou-se consistente, não só pela empatia entre os músicos, como também pela sonoridade imponente do Hammond e das harmonizações coloridas e fortemente ritmadas de Manuel Beleza, associadas ao enérgico e sofisticado timbre dos
saxofones de Mário Santos e ao poderoso e elegante ritmo da bateria de Mário Barreiros.
Com a classificação de 4 estrelas, este Álbum foi considerado pelo crítico de jazz do Jornal Expresso – Raul Vaz Bernardo – uma jóia nacional.
Hoje, O Manuel Beleza Jazz terceto prossegue a sua procura criteriosa em sonoridades alternativas e vanguardistas, mantendo o eclectismo que o caracteriza.
Formação:
Manuel Beleza – Órgão Hammond
Mário Santos – Saxofone tenor e soprano
João Cunha – Bateria
” Os dias passam e eu sinto-me cada vez mais envolvido com a linguagem onde me é permitida a libertação de todo e qualquer preconceito social, racial ou estético – o Jazz.
Fazer jazz é a forma viva que traduz um acto de liberdade e um ritual de cumplicidade e paixão”.
Manuel Beleza