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Outros Retratos

5 Jan, 20199 Fev, 2019

Alfredo Cunha apresentou no MIRA FORUM um conjunto de retratos que convocam possibilidades de interpretação: entre si, poderemos encontrar relações de complementaridade, de oposição, sobre eles reabrir memórias ou efabular sobre as suas vidas, as suas obras, as suas histórias.

Valter Hugo Mãe escreveu uma crónica no JL sobre o fotógrafo. Concordamos com o escritor quando escreve:
“Perante as fotografias de Alfredo Cunha fica-nos a vontade urgente de amar. Vemos cada rosto e pedimos por cada rosto. Como amigos imediatos. O que consegue é da ordem da imediata celebração de se ser alguém. E, nós, olhamos como quem abraça ou acarinha.
Lembrei-me dos quinze minutos de Alfredo Cunha na minha casa, talvez há três ou quatro anos. Continuo sem entender como, em tão breve tempo, pôde ele levar de mim a mesma magia. Um carinho instantâneo. Algo maior do que eu. Algo de todos nós. O melhor de todos nós.”

Alguns dados biográficos

Alfredo Cunha nasceu em 1953, em Celorico da Beira.
Em 1970 iniciou a sua carreira profissional em fotografia publicitária e comercial e no ano seguinte, em 1971, a sua carreira de fotojornalista no “Notícias da Amadora”. Colaborou com o Jornal “O Século” e “O Século Ilustrado” (1972), a Agência de Notícias Português – ANOP (1977) e as agências de Notícias de Portugal (1982) e Lusa (1987).
Trabalhou no Jornal “Público” como fotógrafo e editor-chefe entre 1989 e 1997, e integrou o grupo Edipresse como fotógrafo-chefe. Em 2000 começou a trabalhar na revista semanal Focus. Em 2002 colaborou com Ana Sousa Dias no programa de TV “Por Outro Lado” na RTP2. Entre 2003 e 2009 foi fotógrafo e editor-chefe do “Jornal de Notícias”. De 2010 a 2012 foi diretor fotográfico da “Global Imagens”. Atualmente trabalha como freelancer desenvolvendo projetos editoriais.
Do seu percurso destacam-se as emblemáticas séries de fotografias dedicadas ao 25 de Abril de 1974, a descolonização portuguesa em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, S. Tomé, Timor-Leste e Cabo Verde, o trabalho fotográfico sobre o PREC (Processo Revolucionário em curso, 1974-1975), a queda de Nicolae Ceausescu na Roménia (1989) e acompanhou as tropas portuguesas na guerra do Iraque (2003).
Publicou diversos livros de fotografia entre os quais “Raízes da Nossa Força” (1972), “Vidas Alheias” (1975), “Disparos” (1976), “Naquele Tempo” (1995), “O Melhor Café” (1996), “Porto de Mar” (1998), “77 Fotografias e um Retrato” (1999), “Cidade das Pontes” (2001), “Cuidado com as crianças” (2003), “Cortina dos Dias” (2012), “O grande incendio do Chiado” (2013), “Os rapazes dos tanques“ (2014) e “Toda a Esperança do mundo” (2015), “ Felicidade” 2016, “Mário Soares” (2017), “Fátima enquanto houver Portugueses”(2017) Retratos (2018)